
Já falei aqui sobre o meu gosto por cinema e o desejo de um dia entrar para o time dos aficionados pela sétima arte, aquela turma que assiste a todas as listas de 1001 filmes que inventam por aí. Enquanto isso não acontece, fico com uma cinemateca particular, com uns 70, 80 filmes? Não sei, nunca contei. Nem mesmo o tanto de vezes que já vi Quanto Mais Quente Melhor, Como Roubar Um Milhão de Dólares, A Malvada, Intriga Internacional, Janela Indiscreta, Um Corpo Que Cai, Um Convidado Bem Trapalhão, só para enumerar alguns dos preferidos (e altamente recomendados)!
No último fim de semana, astros e estrelas da Hollywood moderna se reuniram no Kodak Theatre – com a derrocada da empresa fotográfica deve mudar de nome – para a cerimônia de entrega da 84ª edição do Oscar, a (ainda) “estatueta mais desejada da indústria cinematográfica”.
Ganhar um Oscar é ser catapultado para uma fama inigualável, é ficar conhecido no mundo inteiro e ver o seu cachê subir à velocidade de um raio. Mesmo que ele não seja um ator tão bom assim, mesmo que o outro é quem merecia o prêmio, mesmo que ela nunca mais ganhe outro Oscar, mesmo que… poxa, tava mais do que na hora de Meryl Streep ser consagrada!
Enquanto a “dama de ferro” do cinema levou, enfim, a sua terceira estatueta depois de 29 anos, o Oscar de melhor ator esse ano foi para… Jean Dujardin, um ator francês que nunca-ouvimos-falar-porque-infelizmente-não-moramos-em-Paris. Ele protagoniza o também premiado O Artista, sobre a trajetória de um astro do cinema mudo que vê seus tempos de glória irem por água abaixo com o advento dos primeiros longas-metragens falados. A obra do diretor Michel Hazanavicius fez história: é o primeiro filme mudo em preto e branco a ganhar um Oscar em 83 anos. Tamanha relevância é que a festa tem 84 edições!
Dujardin colhe agora os louros do sucesso. Em plena era do 3D, talvez ele consiga se firmar em Hollywood, além dos portões da Academia. Marion Cotillard, a primeira atriz francesa desde os anos 60 a ganhar um Oscar, por Piaf, em 2008, tem sobrevivido bem e feito um trabalho discreto, porém, coerente. (Para quem acha que o Brasil é injustiçado, repara só o tempo que a França, com toda a sua tradição de cinema, levou para emplacar bons atores na grande indústria americana).
Diferente da trajetória de Marion e DuJardin, John Gilbert era um galã adorado do cinema mudo, nos tempos áureos dos estúdios Metro-Goldwin-Mayer. O personagem de O Artista é considerado um mix dos ídolos daquela época e Gilbert, dizem os especialistas, a vítima “mais emblemática” do processo de modernização dos filmes à época. A plateia caiu na gargalhada quando ouviu a voz do astro em His Glorius Night - não combinava com seu porte físico. O título do longa parecia uma grande cilada do destino.
John Gilbert, par constante de Greta Garbo, dentro e fora das telas, entrou em decadência, foi ao fundo do poço e morreu quase anônimo, aos 39 anos. A atriz, pelo contrário, virou mito com sua voz rouca.
Para homenagear Gilbert e O Artista - que alegram os amantes do cinema feito como antigamente -, eis uma peça de decoração útil para iluminar ambientes em sua casa.
Você vai precisar de:
- uma garrafa grande colorida, de vidro ou PET;
- um vidraceiro bacana para furar a sua garrafa, se necessário;
- um pisca-pisca daqueles do Natal (pode ser um que você não vai usar mais);
- recortes de revistas, cartões postais, imagens de astros e estrelas do cinema, à sua escolha.
Como fazer:
1. Introduza o fio do pisca-pisca pela abertura feita na parte inferior da garrafa. Se optar pela garrafa de vidro, muito cuidado! Durante a feitura desse projeto consegui a proeza de “quebrar” o furo;
2. Cole com fita adesiva transparente (ou como preferir) a imagem escolhida centralizada na parte oposta à abertura para passar o fio;
Para disfarçar parte do vidro quebrado, usei outra imagem. O escolhido foi o primeiro “latin lover” fabricado por Hollywood, Rodolfo Valentino, em The Sheik (1921). Valentino engrossa a lista dos astros do cinema mudo mais populares;
3. Se quiser, cole um recorte de cartolina preta no verso da imagem para dar mais firmeza na colagem e evitar transparências (eu deixei sem mesmo);
4. Defina um ambiente de sua preferência e… ação! Ligue sua mais nova e charmosa luminária na tomada e escolha um bom filme para embalar a noite de sábado!
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