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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Foto: Ana Claudia V. de Castro
Fiquei satisfeita com minha primeira experiência, totalmente intuitiva, de secar flores. Foi com um buquê de lindos agapantos que comprei antes do Natal. Já coloquei foto deles por aqui (misturei agapantos e chuva de ouro).
Estava bem feliz com meu arranjo, mas as flores roxas duraram pouco. Foram caindo rapidamente. Aguentei, todos os dias eu tirava as flores feias e deixava as mais resistentes. Aos poucos ele foi ficando assim.
Mas achei linda a forma que foi surgindo, a estrutura da planta. Resolvi secar meus agapantos natalinos, tirei as últimas pétalas e folhas, cortei a parte do caule que estava em contato com a água. E  deixei secar. Para ficar sem cheiro levei ao sol (para quem quer conservar a flor isso seria um erro básico, mas a minha já não tinha mais pétalas). O resultado ficou perfeito, ao menos para mim. E já recebi dois elogios. Minha irmã Cris disse que dá uma boa estampa.
À noite fica uma sombra linda.
A mania de secar flores me pegou e fiz outras experiências, com essas folhagem que ganhei no sacolão, com pequenas frutinhas, por exemplo. Não é tão espetacular, mas gostei dela na estante.
As frutinhas e galhos secaram, a maioria deles, apontando para uma direção. Eu sempre penso que estão me dizendo “rumo ao Sul”, ainda que devam estar apontando para outro lado (sou uma lástima com pontos cardeais).
Também passei às ervas: tomilho seco sempre à mão para dar um toque provençal para o ratatouilleimprovisado.
Lembrei da casa de uma amiga querida, a Prima, com folhas secas decorando seu “escritório”. Pedi para ela mandar uma foto:
Neste caso, e para fazer quadros ou cartões, o método é o mesmo do herbário, “a prensa” entre papéis (jornal) e livros pesados (por duas a quatro semanas).
A Prima foi recolhendo as folhas em uma viagem e secando entre os guias e livros, mandava de presente. Eu mesma ganhei uma, linda, presa em uma latinha de chá.
Depois de pegar gosto pela coisa é que descobri a técnica de secar flores. Fui pesquisar para poder escrever aqui.
REGRA NÚMERO 1 para flores: use recém-colhidas e buquês ainda fechados (principalmente para rosas).
MÉTODO TRADICIONAL: secar ao ar livre.
Corte as hastes e as folhas e deixe secar de ponta-cabeça em um local escuro e seco (a escuridão preserva a cor). Se você tiver um closet é uma boa. No caso de rosas, tire os espinhos. Aconselhado para as sempre-vivas, esporinha, flor de cardo, girassóis e hortênsias. Pode demorar de duas a quatro semanas.
O truque da glicerina: para a flor não ficar dura – principalmente as rosas – os especialistas aconselham dar um “suco de glicerina”. Coloque em um vaso uma medida de água quente e 1/2 de glicerina. Quando as flores tomarem toda a mistura pendure-as de ponta-cabeça.
O truque de vó: depois de secas, para impedir que a poeira ou a umidade penetrem, vaporize laquê de cabelo.
MÉTODOS QUÍMICOS:
Sílica-gel: indicada para flores frágeis e com muita seiva. Em um recipiente com tampa coloque uma camada de sílica-gel (cerca de 2 cm). Depois coloque as flores lado a lado, sem se tocar. Cubra delicadamente com uma nova camada de sílica-gel tomando cuidados com as pétalas. Feche o recipiente hermeticamente. Depois de 2 a 4 dias as flores devem estar secas. Recomenda-se o uso do sílica gel para anêmonas, margaridas, amor-perfeito e zínias. A sílica-gel pode ser reutilizada, basta secá-la no forno morno.
Microondas: não testei, é indicado para secar rosas. Prometo testar e contar minha experiência aqui. Se você quiser se arriscar: siga o processo anterior, com sílica-gel, e coloque no microondas por dois minutos em potência média (recipiente aberto). Cubra o recipiente logo que retirar do micro. Espere esfriar e veja se é necessário mais alguns minutos.
Outras flores que dão bons resultado: gloriosa, crisântemo, alguns cravos, centáurea, perpétua, dália, papoula, flor do campo, estatice, lavanda… E, claro, as ervas: sálvia, tomilho, orégano, manjericão, alecrim, louro…

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